Reinaldo

Teresa Cristina: "o samba já nasceu de esquerda"

Quem é quem vai servir os ricos se morrerem todos os pobres?
Filosofando sobre o samba, com a rainha das lives
Show "intimista" de Teresa Cristina teve até pandeiro de Ana ...
Umas das lindas surpresas desta quarentena têm sido as lives da cantora Teresa Cristina, que vieram acalantar as nossas madrugadas. E é em todas as madrugadas. E duram um tempão.
“Todo dia maquiagem, todo dia seis cervejas, que é o que eu bebo durante as lives e enchendo a cara de salgadinho”.
Teresa conta que nelas encontrou a maneira de espantar a depressão e o fantasma do Rivotril.
E o público tem respondido massivamente. Ela tinha 90 mil seguidores no instagram antes da pandemia e agora são 300 mil. E os comentários e as paqueras não param de chegar, no que ficou já conhecido como Cristinder.
Obrigado Teresa, por fazer deste tempo difícil um pouco menos difícil.
“O samba como ele tem essa força ancestral, ele traz uma mensagem que a gente não vê. Quando você canta, quando joga essas palavras no ar você chama o seu povo, para te rodear”.
“O samba é um ambiente predominantemente machista, de base. O machismo do samba não é ocultado, ele está nas letras e em algumas atitudes. Não é ocultado, como no Brasil.(...) E por ele não ser escondido, podemos combater ele de igual para igual.”
“É possível uma pessoa reacionária gostar do Chico Buarque; Uma pessoa que é fã da Beth Carvalho e vota no Bolsonaro, como que explica um negócio desse?”.
“O samba já nasceu sendo perseguido pela polícia”.
“O samba já nasceu de esquerda sem a gente nem saber o que era esquerda”.
“O samba sempre colocou a gente em um lugar de comunhão e de uma noção de coletividade muito. Uma música que você pode executar em qualquer lugar porque você não depende de eletricidade, você não depende nem de instrumento, porque se você pegar um balde e batucar já é samba, se você bater na palma da mão, já é samba”.

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